Capítulo
IV – A infinita natureza do ser individual
Há uma velha história sobre um grande mestre espiritual
que bateu nos portões do céu para a admissão no paraíso. Depois de algum tempo,
Deus veio até a porta e perguntou: “Quem está aí? Quem bate”?
Para esta indagação veio a resposta confiante, “Sou eu”.
“Sinto muito. Não há nenhum lugar no céu. Vá embora. Você
terá que voltar alguma outra vez”. O bom homem, surpreso pela recusa, foi
embora perplexo. Depois de diversos anos gastos em meditação e ponderação sobre
esta estranha recepção, ele retornou e bateu novamente à porta. Ele foi
recebido com a mesma indagação e deu uma resposta semelhante. Novamente lhe foi
dito que não havia
nenhum lugar no céu; o céu estava completamente cheio no
momento. Nos anos que se passaram o professor foi mais e mais profundamente
dentro de si mesmo, meditando e ponderando. Depois de um longo período de
tempo, ele bateu às portas do céu, pela terceira vez. Novamente Deus perguntou
“Quem está aí”?
Desta vez sua resposta foi: “TU ÉS”
E os portões se abriram amplamente quando Deus disse,
“Venha. Nunca houve um lugar para Mim e para ti”.
Não há Deus e você ou eu, há somente Deus, manifestado e
expressado como ser individual. Há somente uma vida – A vida do Pai. Estamos do
lado de fora do céu, sem esperança de jamais obtermos a entrada nele, enquanto
acreditarmos que temos uma individualidade apartada de Deus, um ser separado e
independente de Deus.
Vamos tomar como exemplo um copo de vidro e pensar sobre o
lado de fora e de dentro deste copo. Onde o lado de fora deste copo, onde
começa e onde termina o lado de dentro? Há dois lados deste copo ou há
simplesmente um copo? Não é o lado de fora o de dentro, e o lado de dentro o de
fora? Não é o lado de fora e o lado de dentro deste copo o mesmo pedaço de
vidro? O lado de fora do copo realiza uma função e o lado de dentro outra?
Quando se torna claro para nós que o lado de fora e o de
dentro deste copo são um (único) e o mesmo pedaço de vidro, nós então
compreenderemos o relacionamento entre Deus e o homem. Não há tais coisas como
Deus e homem, não mais do que existe, um lado de dentro e um lado de fora do
copo, separados e apartados um do outro. O lado de fora e o de dentro são um.
Deus é nossa individualidade invisível: Nós somos a forma
ou expressão deste Deus exteriorizada, mas nós não somos dois mais do que os
lados do copo. Nós somos dois somente em função: Deus é o princípio criativo, a
fonte, a atividade, e a lei de nosso ser; e nosso ser é Deus em expressão ou
manifestação. Nós como indivíduos, recebemos nossa vida, lei, causa,
substância, realidade, e continuidade do Infinito Invisível, e esta atividade
infinita aparece visivelmente como a harmonia de nosso ser. Para voltar ao
exemplo do copo, observa-se que qualquer qualidade, que parece pertencer a ele,
pertence ao vidro que é formado. O vidro então é a substância do copo, e é o
vidro que determina a qualidade e a natureza do copo. Assim é conosco. Deus,
nosso ser interior, é a qualidade, a quantidade, a causa, a realidade e
substância de nosso ser. Tudo que Deus é; nós somos; tudo o que esta
individualidade interior é, é aquilo o qual se manifesta como o meu ser
individual e como o seu.
Deus não faz acepção de pessoas. Deus não tem favorito –
nenhuma religião favorita, raça ou nacionalidade. O grau de nossa demonstração é o grau de nossa consciência (percepção)
deste relacionamento. Se uma pessoa acredita que ela tem uma qualidade,
natureza ou característica que lhe são próprias, ela criou um sentido de
limitação que a separa do infinito a sua demonstração. Quando a pessoa coloca
de lado a crença que tem qualidades, atividades ou características que lhe são
próprias e percebe que é Deus, Ele mesmo, a sua individualidade interior que
tem e que possui todas as qualidades, atividades e características de seu ser,
nesse momento a pessoa começa a morrer diariamente.
Este é o significado da declaração de Paulo, “Eu morro diariamente”. Devemos morrer para cada sugestão de que somos ou temos
algo de nós mesmos separados e apartados de Deus. Devemos morrer para a crença
em saúde, tanto quanto devemos morrer para a crença em doença. Espiritualmente
não há doença, e não há saúde porque nós não somos e nem temos nada de nós
mesmos. Sofrer de doença ou desfrutar de boa saúde é ter alguma coisa de nós
mesmos. Deus não tem nem saúde e nem doença. Deus é Espírito, e tudo que
podemos ter é o Espirito de Deus. Nós nos erguemos acima deste par de opostos,
saúde e doença, quando percebemos que não há uma individualidade apartada de
Deus. A única coisa que podemos possuir é o que Deus possui. Individualidade de
Deus é a única individualidade - nem rico nem pobre, nem doente nem são, nem
jovem nem velho, nem vivo nem morto. É um estado de imortalidade, ser eterno, imutável,
mas não obstante, infinito em suas formas e aparências. não há uma
individualidade separada de Deus é o significado do mandamento do Mestre de
negar a si mesmo. Devemos negar que nós, de nós mesmos, temos qualidades,
caráter, força, saúde, riqueza, sabedoria, glória, ou potencialidades. É nossa
identidade interior, Deus, que aparece exteriormente como você ou como eu.
A natureza de nossa existência é imortalidade, eternidade
e infinitude. Somente pela virtude do fato que Deus é o nosso ser pode alguém
dizer:
Eu sou infinito; Eu sou eterno; Eu sou imortal - não de
mim mesmo separado e apartado de Deus, mas porque Deus é a vida e a substância
do meu ser. Infinito é a
quantidade, e perfeição, a qualidade do ser. O Verbo se fez carne; toda carne é formada do Verbo de
Deus. Meu corpo, portanto, é o Verbo perfeito de Deus que se fez carne, que se
manifesta. Meu corpo sendo da essência e substância de Deus, governado por
Deus, pode incorporar somente a atividade, harmonia, graça, alegria e beleza de
Deus. Nada externo pode afetar a perfeição do meu corpo, seja na forma de
comida, germes, ou pensamentos de outras pessoas. Nada estranho a Deus pode
entrar para contaminar ou fazer do meu corpo uma mentira.( meditação espontânea
do autor).
Há uma crença comum que a comida tem o poder de nos nutrir
para o bem, para nos fazer mal, ou tornar-nos gordos ou magros, mas o fato é
que nossa consciência governa os órgãos e funções do corpo. É nossa
consciência, Deus consciência, a qual é nossa consciência individual, que é a
lei, a causa, a atividade, e a substância dos órgãos e funções do corpo. Essa
mesma consciência é a substância e a nutrição dos alimentos que comemos. A
comida, em si mesma, não tem qualidade ou propriedade de nutrição exceto aquela
que nós damos a ela. Uma vez que concordamos que, em e de si mesmos, os nossos órgãos
digestivo e de eliminação não têm poder para agir, mas que a consciência é o
poder que anima dirigindo o funcionamento deles, então, podemos avançar para a
próxima etapa e perceber que é essa mesma consciência que confere ao nosso
alimento o seu valor.
Desde o momento que nos fomos concebidos como seres
humanos, nós temos estado debaixo das leis mentais e materiais; nós temos sido
governados pelas leis de comida, clima, tempo e espaço. Sempre como seres
humanos, nós estamos debaixo de alguma lei, seja uma lei natural, ou de matéria
médica ou teológica. Estas são realmente as crenças universais, mas elas agem
como lei para a nossa experiência até que conscientemente percebamos a nossa imunidade
de qualquer coisa e qualquer pessoa externa a nós mesmos e que as questões da
vida fluem de dentro de nós. Nós não somos as vítimas de qualquer coisa externa
a nós. Nós somos identidade espiritual, não seres mortais concebidos em pecado
e gerados em iniquidade. Nossa verdadeira identidade é consciência, espírito,
Alma; e então nós não estamos sujeitos às leis da matéria. Deus é a lei
infinita, e sendo esta a verdade, a única lei é a lei de Deus, que opera em
nossa consciência como uma lei de harmonia para nossos corpos.
Se essa realização fosse suficientemente profunda nós
automaticamente, descartaríamos de nossas vidas todas as discórdias físicas,
mas porque na maioria dos casos é meramente uma aceitação intelectual, não é
eficaz em nossa
experiência. Vamos torná-la eficaz por um ato específico
de consciência:
Espírito é a minha verdadeira identidade. Eu agora saio
(do mundo) me torno separado, já não sou do mundo, embora nele, e, portanto, eu
não estou sujeito às leis do mundo. Nenhuma das crenças humanas está agindo
sobre o filho de Deus, o filho do Espírito, o qual eu sou. Deus é a fonte do
meu ser, Deus é a atividade e a lei do meu ser, e eu conscientemente aceito
isso. Eu não estou sujeito às leis feitas pelo homem, eu estou sujeito apenas à
Graça. Tua Graça é suficiente para mim. (meditação
espontânea do autor).
Vamos levar cada detalhe de nossa vida – nosso corpo,
nossa comida, nosso negócio, nossa casa – e conscientemente realizar esta
transição: Perceber que todos estes (corpo, comida, negócio, casa) não estão
mais sob a lei da crença humana e nem sujeitos a circunstâncias ou mudanças.
Tudo que diz respeito a nós é suprido deste “Armazém Infinito” dentro de nosso
próprio ser.
“Eu tenho uma comida para comer que vós não conheceis...
Eu sou o pão da vida: aquele que vem até a mim nunca terá fome; aquele que
acredita em mim nunca terá sede”. Deste “Armazém Infinito” eu alimento meu corpo; eu dirijo os meus
negócios; eu abasteço minha carteira; eu mantenho o meu relacionamento com
todos. Uma vez que Deus é a minha consciência individual, Ele é a substância da
minha vida e incorpora todo bem. Torna-se a lei para minha experiência, a fonte
da vida que jorra para a vida eterna. (meditação
espontânea do autor).
Deus realiza a Si
mesmo como nosso ser individual. Se perdermos a preocupação com nós mesmos, com
o nosso bem-estar, e com o nosso destino, Deus assume e Deus realiza a Si mesmo
abastecendo-nos com a sabedoria necessária, a atividade, oportunidade e
prosperidade que pode ser cumprida na terra como no céu. Esta terra é só a
terra, na proporção que ela é vista como um local diferente do céu. A terra se
torna céu no grau no qual deixamos Deus realizar a Si mesmo como nossa
experiência individual.
Há somente uma individualidade, e este Um é Deus. Mantemos
um falso sentido desse Eu: Chamamos esse falso sentido de Bill, Mary ou Henry, e
então nos preocupamos com o Bill, com a Mary ou com o Henry. Sempre há algum problema nos incomodando:
o aluguel, o coração, a mente ou o amigo. Estas
“preocupações” serão verdadeiras enquanto houver a preocupação com nós mesmos.
Uma vez que desistimos da preocupação com este sentido humano de eu e
percebemos que existimos como Deus realizando a Si mesmo de uma maneira
individual, e que a responsabilidade está sobre “Seus ombros”, nós abandonamos
este falso sentido de responsabilidade.
Então Deus realiza o Seu próprio destino como nosso ser individual. Para o
mundo, isto pode parecer que somos saudáveis, felizes, bem sucedidos ou
prósperos; mas nós sabemos. Somente Deus é saúde, felicidade, prosperidade, e o
bem que o mundo contempla é Deus realizando a Si mesmo como nosso destino,
quando nós nos colocamos de
lado e permitimos que seja assim.
Neste relacionamento com Deus, nós podemos relaxar porque
agora tudo que Deus é, está fluindo de dentro de nosso ser sem a palavra “eu”
interferindo, o “eu” que diz: “Eu não sou muito bem educado, eu não sou
suficientemente experiente, eu sou muito jovem para isso, eu estou velho demais
para isso”. Haveria alguma falta de educação ou de experiência, ou algum
problema de velhice ou mocidade se houvesse apenas Deus (para nós)? Para Deus todas as coisas são possíveis.
Deus é a mente ou inteligência universal, mas Deus é
também a mente ou inteligência individual.
Então, a natureza de nossa inteligência e capacidade é infinita por si mesma.
Nossa mente é ilimitada enquanto realizarmos Deus como sua natureza, caráter,
qualidade e quantidade.
Somos informados de que temos essa mente em nós que havia
também em Cristo Jesus. Nós já temos, mas é necessário obtermos uma realização
dela. É esta mente que transcende nossa educação e experiência e usa-nos para
seu
propósito, quando adquirimos a realização consciente dela
como nossa mente individual. O alcance de até mesmo um grau dessa realização
coloca uma pessoa aparte. Pode erguê-la fora das atividades costumeiras da vida
diária e fazer dela um pintor, artista, escultor, músico, poeta, religioso,
arquiteto, construtor, ou um trabalhador criativo, de uma maneira ou de outra,
porque ela está sendo conduzida por algo maior do que a si mesma algo maior do
que a sua educação ou a sua própria experiência. Moisés, uma pastor de ovelhas,
se tornou o líder dos Hebreus. Jesus, quem os vizinhos conheciam como
carpinteiro, se tornou o Messias.
Deus é a infinita
consciência, e Deus é nossa mente e nossa consciência. Portanto, é a partir da sua consciência que as questões
da vida surgem - a atividade de alimentação, a atividade de saúde, harmonia e
plenitude. Não há um Deus separado (de nós) que traga isto para nós. A
atividade da verdade em nossa consciência aparece como o milagre da nuvem de
dia, da coluna de fogo à noite, do maná que cai do céu, da abertura do Mar
Vermelho, da água que vem da rocha. Deus no meio de
nós, este Eu no centro de nosso ser, multiplica pães e peixes, é nossa salvação
e segurança, mesmo no meio da guerra, da bomba atômica e do inferno.
Eu sou o Senhor, e não há outro. Eu no meio de ti sou
poderoso. Eu no meio de Moisés fiz a nuvem durante o dia e a coluna de fogo
durante a noite. Eu no meio de Jesus multipliquei pães e peixes e curei
multidões. (meditação espontânea do autor).
Eu Sou é o Senhor; Eu Sou é o Salvador; Eu Sou é Deus.
Este Eu não é o sentido pessoal de individualidade a qual caminha na terra
chamando a si mesma de Bill, Mary, ou Henry, e dizendo arrogantemente, “Eu sou
Deus”. Não, isto vem como um suave sussurro em seu ouvido e no meu: "Não
sabeis vós: Eu em ti e tu em Mim, nós somos Um; Eu no meio de ti sou
poderoso". Quando
ouvimos aquela “voz” em nossos ouvidos, quando a intuição divina interior nos
fala desta Presença, nós sabemos que aquele Eu é Deus, “mais perto do que a
respiração e mais perto do que mãos e pés".
Este Eu o qual é Deus tem nos feito a Sua imagem e
semelhança, nos deu Sua natureza e Seu caráter. É uma Presença que nunca nos
deixará e nos abandonará. Mesmo que passemos pela fornalha ardente, esta Presença,
o Cristo,
nos conduzirá com segurança, de modo que não haverá sobre
nós nem o cheiro da fumaça. Seja qual for a experiência na vida, mesmo "no
vale da sombra e da morte... Tu estás comigo".
Encontramos o nosso bem em nossa unidade com Deus, e nossa consciência da
Presença de Deus aparece externamente como nosso suprimento diário, nossa
oportunidade, nosso vestuário, transporte, alimentação e como cada expressão de
harmonia e de beleza na vida.
Todas as discórdias e desarmonias da vida vêm deste sentido
pessoal de “eu” – do sentido que “eu” sou a fonte, ou “eu” sou o fazedor, ou
“eu” sou alguma coisa ou outra. Mas “eu” não sou nada de mim mesmo; o Pai é
aquele o qual Eu
sou, e Eu sou apenas o instrumento do Pai, o instrumento
da glória do Pai, o instrumento da vida do Pai, a lâmpada através da qual Sua
luz pode brilhar.
“Regozijem-se porque seus nomes estão escritos no céu”.
Regozije-se que você encontrou sua identidade como o filho de Deus. Regozije-se
que você despertou em sua consciência divina. Se o Espírito “segura” a sua mão
e começa a escrever, se o Espírito “toma” a sua voz e faz a canção, siga a
liderança do Espírito. Até esse momento viva a sua vida natural, normal, mas de
manhã até a noite, e de noite até de manhã, lembre-se
de reconhecer que é o Infinito Invisível que está produzindo a harmonia, a
alegria, a paz e a prosperidade da experiência visível. Quando você
persistir nesta prática, você fará uma transição consciente para um lugar onde
você realmente sentirá e saberá:
Eu não estou vivendo somente pela
comida; eu não estou vivendo só de pão. Há outro poder agindo em mim. Algo
diferente de mim está fazendo o trabalho; eu não o planejo conscientemente; eu
não estou conscientemente realizando-o; eu não penso conscientemente sobre ele.
Um poder maior do que eu é o responsável por isso. (meditação espontânea do autor).
“Eu tenho uma comida para comer que vós não conheceis....”
Eu tenho pão, vinho água.....Eu sou a ressurreição. Todo o poder de cura,
redenção e regeneração estão dentro de mim.
Este é o ensinamento transcendental do Mestre.
Como seres humanos,
nós colocamos nossa confiança nas pessoas e coisas do “mundo exterior”, na
educação, dinheiro, investimentos, títulos. O homem que tem
seu ser no Cristo coloca toda a sua confiança no Espírito e sabe que Ele lhe
trará tudo o que lhe for necessário. Sempre
que estivermos diante de alguma necessidade ou desejo, vamos perceber o
Espírito como fonte de sua realização; vamos perceber o Espírito como a lei,
até mesmo a lei de multiplicação que seria necessária. Então vamos para nossos negócios, seja ele qual for, tomando
os passos necessários para o momento. Isto é viver uma vida normal e
natural, mas deixando o Espírito, O infinito Invisível,
ser a lei, a substância, a causa, e a harmonia que mantém e sustenta a “nossa
vida”. Resumindo, não fazemos nenhuma
mudança em nosso modo atual de vida, a não ser que o Espírito, por Si mesmo,
nos apanhe e dirija-nos para uma nova atividade.
Há um poder nos governando, conduzindo, protegendo,
mantendo e nos sustentando. Nós podemos continuar ativos em nossos negócios, na
política ou no lar; mas sempre cientes que é aquela influência sustentadora que
vem antes de nós para tornar os caminhos tortos em retos. O sentido de responsabilidade pessoal e o medo do que o homem possa
nos fazer desaparece:
Eu de (mim) sou poderoso; Eu vou antes de (mim) para
tornar os caminhos tortos em retos; Eu estou comigo nas águas profundas; Eu
estou ao teu lado na fornalha ardente.
(meditação espontânea do autor).
É a consciente recordação do Eu, da
Infinita natureza do Ser Individual, que deve ser continuamente praticada.
A realização surge
apenas quando você e eu somos capazes de abandonar o sentido pessoal de si
mesmo, a fim de que Deus possa Se realizar. Vamos estar sempre alerta para evitar qualquer sentido
do ego, de que Deus está gratificando você ou a mim, fazendo algo por você ou
por mim, ou está fazendo algo para você ou para mim. Realização espiritual significa
Deus realizando a Si mesmo,
cumprindo o Seu destino. Deixe Deus ser a Única Presença,
deixe Deus ser o Único Poder, deixe Deus ser a Luz. "Levanta-te, resplandece, porque é chegada a tua luz, e a
glória do Senhor vai nascendo sobre ti." A glória de Deus brilha eternamente.
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