Capítulo I – Consciência Espiritual


Capítulo I – Consciência Espiritual

O segredo de uma vida harmoniosa é o desenvolvimento da consciência espiritual. Nessa consciência, medo e ansiedade desaparecem, e a vida se torna significativa com a realização como sua tônica.

O grau de consciência espiritual que alcançamos pode ser medido pela dimensão que renunciamos a dependência sobre o mundo externo da forma e colocamos nossa fé e confiança em algo muito maior do que nós mesmos, no Infinito Invisível, O qual pode sobrepujar qualquer e todo obstáculo. É uma percepção da Graça de Deus.

Há uma prática espiritual que nos ajudará no alcance dessa consciência espiritual que pode ser realizada durante todo o dia quando o mundo nos diz que necessitamos disto ou daquilo. Para cada demanda insistente deixemos nossa resposta ser: “Não e não. Isto não é o que eu necessito ou quero. Tua Graça é minha suficiência, nada mais - apenas Tua Graça. Vamos aprender a segurar isto resolutamente. Se a necessidade parece ser salário, roupa, moradia ou saúde vamos firmemente reconhecer que nossa única necessidade é Sua Graça.

Nosso trabalho pode exigir uma maior força, conhecimento e habilidade que parecemos possuir, ou poderá haver maiores exigências feitas para o nosso bolso que possamos cumprir. Em vez de aceitar esta aparente falta vamos recordar: “Ele aperfeiçoará aquilo que está designado para mim. O Senhor aperfeiçoará aquilo que me concerne”, ou alguma outra passagem da escritura. Pode ser que para a crença humana exista uma demanda física, moral, mental ou financeira maior do que nós possamos cumprir; mas neste exato momento nos voltamos para AQUELE que está dentro de nós, reconhecendo que ELE aperfeiçoara aquilo que é dado para nós fazermos. Então um peso cai de nossos ombros e um senso de responsabilidade pessoal surge. De repente, nós obtemos a habilidade a qual descobrimos que não é nossa habilidade absolutamente; é a habilidade Dele sendo expressa através de nós. Se for descanso que nós necessitamos nos voltamos para a Escritura e encontramos: “Vinde a mim vós que estais cansados e com fardos pesados e EU lhes darei descanso”.

Uma das mais reconfortantes passagens na Escritura é: “Minha Paz eu dou a você: não como a paz do mundo, Eu dou a Minha Paz a você”. Se nós gastássemos um mês com esta declaração poderia se abrir um mundo novo para nós. Nós podemos perguntar a nós mesmos o que sabemos sobre a paz. Nós todos conhecemos a espécie de paz que o mundo pode dar, mas, essa não é a paz que necessitamos. Muitos pensam que poderiam ter paz se tivessem mais suprimento, mais saúde ou uma companhia mais gentil. Isto pode ser verdade, mas, tendo estas coisas não garante que não seremos perturbados com alguma outra coisa. Tanto quanto procurarmos nas pessoas e situações por paz mais falharemos em encontrar paz e satisfação duradouras: “Minha Paz não como o mundo a dá, mas Minha Paz”. “Minha Paz” é um suave espírito o qual brota de dentro de nós e não tem relação com os nossos afazeres, embora essa Paz se estabeleça em todos os nossos afazeres.

A Fé no Infinito Invisível se aprofunda e aumenta, quando nos aprendemos conscientemente a depender Daquele que aperfeiçoará aquilo que é dado para nós fazermos. O Infinito Invisível aperfeiçoará tudo que nos for dado para fazer no mundo visível. O Infinito Invisível realiza aquilo o qual nos concerne. A Graça Invisível é nossa suficiência em todas as coisas. A Presença Invisível vai antes de nós para tornar os caminhos tortos em retos.

Gradualmente, quando mais e mais a tentação vem para nos dizer: “Eu necessito; Eu quero; Eu não tenho o suficiente; Eu sou insuficiente”; recordamo-nos que nossa suficiência está no Infinito Invisível. Esta prática aprofunda a consciência espiritual. O irmão Lawrence chamou isto de praticando a Presença. Os Hebreus chamaram esta prática de manter a mente fixada em Deus e reconhecê-lo em todos os caminhos. Jesus chamava isso de habitar na Palavra. É uma prática que nos conduz a uma completa confiança no Infinito Invisível. A prática traz para o visível esta percepção quando nós necessitamos dela.

O viver material coloca sua fé em formas de bem. O viver espiritual faz uso daquilo que está no mundo; ele desfruta da forma, mas sua confiança está na substância da forma, ou daquilo que criou da forma, O Invisível. Toda revelação espiritual tem mostrado que a substância deste universo está em nós. Nossa consciência é a substância de nosso mundo. Então, nas palavras do Mestre, “Destruas este Templo e em três dias eu o reerguerei”. Se mundo dos efeitos for destruída, em um curto período de tempo ela poderá ser reconstruída ou restaurada.

Grandes civilizações têm sido destruídas e outras têm tomado seu lugar. Qualquer coisa que tenha sido construída pode ser reconstruída porque tudo que existe no reino exterior existe como uma atividade da consciência. Se perdermos nossa casa, nossa família e nossa fortuna, podemos ter certeza de que a consciência que construiu tudo isso poderá reconstruí-la.

Quando a consciência se torna mais espiritual, a confiança no Infinito Invisível aumenta, e nosso amor, ódio ou medo da aparência diminui. Nós enxergamos o Infinito Invisível como a lei, causa e atividade de tudo que é e perde-se a preocupação com a forma seja ela pessoa, coisa ou condição. A realização do Infinito Invisível como a substância de toda a forma é vital para o alcance da substância espiritual. A forma visível é meramente o resultado natural da atividade e lei do Infinito Invisível.

Todo assunto da vida é determinado, não pelas condições e coisas aparentes, mas por nossa consciência. Por exemplo, o corpo de si mesmo não tem poder, nem inteligência e nem é responsável por suas ações. Uma mão, deixada a si mesma, pode permanecer exatamente onde ela está, para sempre e sempre. Deve haver alguma coisa que a movimente, e esta alguma coisa nós podemos chamar de “Eu”. Este “Eu” determina como sua mão será usada; a mão não pode determinar por si mesma. A mão existe como efeito ou forma, e ela responde pela direção. Como um veículo ou uma ferramenta ela é obediente a nós, e nós concedemos a ela qualquer que seja a utilidade que ela tem. Esta ideia pode ser aplicada para qualquer parte do corpo. A consciência que formou este corpo no início é a consciência que mantém e sustenta este corpo. Deus nos deu domínio através da consciência, e esta consciência, a qual é o princípio criativo de nosso corpo, deve também ser o seu princípio de sustentação e manutenção.

Uma vez que nós tenhamos apanhado este princípio, nós teremos  apanhado o princípio da vida inteira. Literalmente, o reino de Deus está dentro de nós; literalmente, a lei da vida – a substância, a atividade, a direção inteligente da vida – está dentro de nós. Nós temos que provar isso não somente em uma direção, mas, em todas as direções. Se nós pudermos provar que 12 vezes 12 maçãs é o mesmo que 144 maçãs poderemos provar que 12 vezes 12 é igual 144 se aplicado a maçãs, pessoas e milhões de coisas. Se nós podemos provar em um sentido único que o Reino de Deus está dentro de nós, e que a vida, atividade, substância e harmonia de nosso ser estão determinadas pela lei de Deus dentro de nós, não teremos dificuldades em provar isso em cada fase todos os relacionamentos da vida. E em todos relacionamentos  de nossa vida.

O segredo todo jaz na palavra consciência. Um conhecimento intelectual que Deus é tudo não é de valor. O único valor que qualquer verdade tem é no grau de sua realização. A verdade realizada é consciência espiritual. Se nós estamos conscientes da presença do Senhor, se nós estamos conscientes da atividade de Deus, então Ele está em nós.

Deus é amor: Deus é vida; Deus é espírito; Deus é tudo. Isto é verdade sejamos nós santos ou pecadores; isto é verdade sejamos nós jovens ou velhos, Judeus ou Gentios, Oriental ou Ocidental, preto, amarelo ou branco. Não há exceções para Deus; Deus não faz acepção de pessoas. Não há um caminho pelo qual Deus possa se omitir de seu próprio universo, mas nós é que podemos nos deixar fora Dele (do universo de Deus).

Deus é; há um Deus – nunca duvide disto. Este Deus é natureza infinita, eterna, universal, impessoal, imparcial e onipresente. Mas como nós podemos beneficiar a nós mesmos daquilo que Deus é?

Deus é? Como nós trazemos isto que sabemos acerca de Deus para a nossa experiência individual? Para ilustrar, nós podemos nos voltar para uma equipe de música. O princípio de música é absoluto. Se, entretanto, nós falharmos da compreensão deste princípio e os sons produzidos se tornam uma confusão de barulhos discordantes, nós não nos dirigiremos ao princípio. Nós nos aplicaremos mais diligentemente na prática deste princípio até que nos tornemos proficientes em sua aplicação. Assim deve ser em nossa experiência de Deus. Deus é, e Deus está aqui e Deus está agora, mas Deus está disponível na proporção da nossa percepção e vontade para aceitar a disciplina que é necessária para o alcance daquela “Mente” que também estava em Cristo Jesus.

Não nos fará nenhum bem em nos sentar e implorar, “O Deus quando você irá agir em minha vida?” Vamos melhor perceber, “Deus é bom. A parte de Deus está feita. Obrigada Deus, que este princípio é e tem estado disponível através de todo tempo. Agora me mostre o que devo fazer para tornar disponível para mim mesmo este princípio, esta vida, este amor, este corpo imortal”. Quando nós alcançamos este estado de prontidão nós iniciamos o caminho que conduz à
Consciência espiritual.

A Consciência espiritual é alcançada através da atividade da verdade na consciência. Habitar nas citações da escritura ou nas declarações da verdade ajuda espiritualizar o pensamento. Quanto mais lemos e ouvimos ativa a verdade está em nossa consciência. Assim nós aprendemos habitar na Palavra. Este é o primeiro passo no caminho.

Anotações minhas:
1º passo - Conhecer a verdade...
2º passo – Atividade da verdade (letra) na nossa consciência;
3º passo: Ser capaz de receber e digerir a verdade de dentro. O lado espiritual da verdade.

O segundo e mais importante passo, é ser capaz de receber a verdade de dentro, ser receptivo e sensível a verdade que brota de dentro de nós. Então nós não pensamos, lemos ou ouvimos a verdade com a mente. Nós nos tornamos ciente da importância da Palavra de Deus interiormente porque o ouvido e olho interiores têm sido desenvolvidos através do nosso conhecimento da letra da verdade e por habitar nela.

A letra da verdade é composta de declarações, citações e palavras, nenhuma das quais, por si só é poder. O único poder é o próprio Deus. É muito mais como se as cortinas na janela estão fechadas, e nós nos sentamos toda tarde falando acerca da luz do sol; o que ela é, o que ela faz e como aproveitarmos dela. Então, depois de várias horas alguém cético comenta: “Mas ainda está escuro aqui. Depois de toda esta conversa acerca da luz aqui ainda está escuro”. Sim ainda está escuro e permanecerá escuro até que alguém abra as cortinas. Assim é com a verdade; nós podemos ler estudar e ouvir acerca da verdade e nunca sentir a Luz, a Presença e o Poder de Deus, ao menos que dermos o passo final de abrir a consciência para verdadeira Presença de Deus. Quando a verdade vem para a nossa percepção consciente de dentro de nosso ser, nós já passamos da letra da verdade ao Espírito. Isto é a fase mais importante da atividade da verdade na consciência.

É o segundo passo que conduz ao estado de consciência onde nós somos receptivos e sensíveis a pequena voz silenciosa, não pode ser tomado sem que o primeiro passo tenha sido dominado, que é o conhecimento da letra da verdade. Todos os anos que uma pessoa tem gasto em ler, ouvir e pensar sobre a verdade, frequentar serviços religiosos, palestras ou aulas são frutíferos em conduzi-lo a aquele ponto onde a inspiração brota de dentro de seu próprio ser. Esta inspiração, entretanto, usualmente vem somente após uma base completa na letra da verdade.

Jesus nos fala para deixar “minha palavra habitar em vocês... Nisto meu Pai é glorificado, que deis muito fruto”. Viver na verdade, habitar na Palavra, é frutificar ricamente, é viver uma vida harmoniosa, espiritual. Mas se nós nos esquecermos de viver na Palavra e habitar nela, nós nos tornamos como galhos que são cortados e secam. Como podemos habitar na Palavra se nós não a conhecemos? Nós devemos conhecer a verdade. Nós precisamos aprender a carta correta da verdade. Vamos ter um princípio específico com o qual trabalhar ele, até que o momento vem quando nós sentimos a percepção espiritual dentro nós, a qual é realização.

Então nós saberemos que alcançamos o espírito da verdade, a consciência da verdade a qual é a Palavra e o Poder de Deus. Qualquer um com desejo suficiente pela realização de Deus pode alcançar esta realização – a Graça de Deus garantirá isso.

É possível conhecer toda a letra da verdade e ainda ser um galho murcho, até que permanecemos na Palavra e permitimos que a Palavra permaneça em nós. Há um espírito no homem – o Espírito de Deus no homem. Nenhum homem está destituído Dele, mas muitos de nós não estamos cientes Dele, como estamos do sangue circulando em nossos corpos. Deus está conosco. A Presença de Deus preenche todo o espaço; O Espírito de Deus habita em nós. Mas quantas pessoas têm sentido esta Presença? É falado acerca Dela, orado, teorizado, feito sermões sobre Ela, mas Ela não é experienciada. É a percepção consciente, o real sentimento ou realização da Presença que é necessário.

Como sabemos que o Espírito de Deus habita em nós? Se nós estamos sendo conduzidos pela inveja, ciúme, malícia, egoísmo, glorificação do ego, preconceito e fanatismo, nós estamos fazendo um lugar para o Espírito de Deus onde Ele não pode habitar, porque Ele não pode habitar no meio de tais qualidades. Tão logo quanto estas qualidades estejam presentes em nossa consciência, nós temos mais trabalho a fazer habitando na verdade e deixando a verdade habitar em nós, até que um dia, quando o Cristo chega tão vivo que tais pensamentos mortais não mais nos tocam. Então o Espírito de Deus habita em nós, “o qual é Cristo em você, a esperança de glória. Eu estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, Eu virei a ele, e com ele cearei, e ele comigo”.

Em muitos ensinamentos religiosos, nos contaram que o Espírito de Deus está em toda parte, mas isso não é verdade. Se o Espírito do Senhor estivesse em toda parte, todos poderiam ser livres, saudáveis, ricos, independentes, alegres e harmoniosos. O Espírito do Senhor está presente somente onde Ele é percebido. É como dizer que a eletricidade está em toda parte. Isto é verdade. A eletricidade está em toda parte tanto quanto o espírito de Deus está em toda parte. A eletricidade, entretanto, não será de nenhum valor para nós, ao menos que esteja conectada de alguma forma para nosso uso particular. Assim é com o Espírito de Deus. Ele está em toda parte, em um sentido absoluto, espiritual, mas é somente efetivado em nossa experiência, na medida em que Ele é realizado (percebido).

O estudante da sabedoria espiritual, não pode ir através do seu dia, satisfeito com alguma verdade que ele leu de manhã ou ouviu de tarde ou à noite. Deve haver uma atividade consciente da verdade durante o tempo todo. Isto não significa que negligenciaremos nossos deveres e atividades; isto significa que treinaremos a nós mesmos para termos uma área da consciência sempre ativa na Verdade. Quando olhamos para as formas da natureza como as árvores, flores ou oceanos, ou quando estamos encontrando pessoas, nós estamos encontrando alguma medida de Deus em cada experiência. Nós nos treinamos para contemplar a Presença e a Atividade de Deus em todas as coisas ao redor de nós e a habitar na Palavra.

A meta está muito perto de nós, mas, tão perto quanto parece, no entanto, está muito longe, porque com cada horizonte alcançado outro acena mais longe. À medida que avançamos em nossa busca ou pesquisa, podemos medir o nosso progresso desta forma: vemos o horizonte diante de nós e temos a sensação de: "Ah, eu tenho apenas uma curta distância a percorrer". Às vezes, leva apenas algumas semanas ou meses para chegar a esse horizonte, e todo o mundo do Espírito é “derramado” diante de nós. Então, nós acreditamos que realmente entramos no reino dos céus, e nós mantemos - por poucos dias. De repente, nós nos tornamos acostumados a essa luz e estamos conscientes de outro horizonte que nos impele para frente, outro avanço que deve ser percorrido passo a passo, e novamente nos pressiona para frente.

É importante aprendermos tudo que pudermos em relação à letra da verdade, compreender cada princípio e então praticá-lo, até irmos de um conhecimento intelectual para uma percepção interior deles. Nós construímos nossa fundação nos princípios específicos. Alguns desses princípios são encontrados na escritura: Cristã, Hebraica e Oriental. Alguns deles não são encontrados sob qualquer forma escrita, mas, todavia, eles são conhecidos de todos os místicos do mundo. Quanto mais avançamos nesse trabalho, mais necessário é conhecermos cada um desses princípios. Eles são a fundação da nossa compreensão e eles devem se tornar uma parte de nós que quando nós estamos diante de um problema, nós não temos que pensar conscientemente em qualquer um deles.

Depois de muitos anos gastos em estudo e prática, matemáticos podem dar a resposta para um problema num momento em que ele é mencionado; eles não necessitam nem de papel e lápis para seus cálculos. Um arquiteto desenha uma planta de uma linda casa em um curto período de tempo que alguém se maravilha da habilidade dele. Um experiente advogado se torna tão familiar com os estatutos
e decisões da corte que ele já conhece como aplicar a lei para ou sabe onde encontrá-la quase imediatamente, mas se nós perguntamos acerca de seu conhecimento, ele provavelmente nos diria: “Eu levei 20 anos para alcançar o lugar onde eu posso fazer isto”.

Assim é conosco. Cada vez que somos chamados para ajudar, Deus coloca as palavras necessárias na nossa boca. Às vezes não há palavras, absolutamente, apenas um sorriso. Para uma pessoa experimentando dificuldade financeira, isto pode significar, “Filho tu estás sempre comigo, e tudo que Eu tenho é teu”; para alguém sozinho sentindo necessidade de companhia, “Eu nunca te deixarei e te abandonarei”; para alguém lutando com um problema físico, Deus É Tudo”; para alguém lidando com o peso da culpa, Nem Eu te condeno. Vai e não peques mais.

Se nós solucionarmos problemas e buscarmos compreender a verdade por trás das questões e assuntos do dia a dia por um, dois, três ou mais anos, nós teremos todas as respostas disponíveis para uso imediato. Anos e anos de contemplação de Deus e das “coisas” de Deus, meditando e comungando com Deus, teremos eliminado a necessidade pelas coisas deste mundo. Quando uma questão surge, a resposta correta é imediatamente revelada. A atitude de escuta, a atitude expectante desenvolvida através da meditação, cria uma espécie de vácuo em que Deus se apressa com essas coisas de que temos necessidade, seja sabedoria, poder, graça, ou seja, o que possa nos ser necessário.

Uma compreensão dos princípios da vida espiritual, que é um conhecimento da letra correta da verdade, é necessária. Esta é a fundação sobre a qual construímos aonde nós iremos e porque, e qual é a nossa relação com Deus e com os demais homens. É necessário que nós conheçamos estas coisas de forma que não tropecemos em uma fé cega que em algum momento ou outro pode nos abandonar. Nós precisamos conhecer a letra correta da verdade de tal forma que não nos encontremos em um estado mental de caos, confiando em uma coisa hoje e outra amanhã, nunca chegando a entender o que é. A vida espiritual não pode ser construída sem uma compreensão de Deus – a natureza e o “caráter” de Deus, a natureza da “lei” de Deus e a natureza do “ser” de Deus.

Tomemos passagens espirituais que incorporam os princípios espirituais e vivamos com eles. Segurá-los com uma bandeira na presença de toda e qualquer forma de discórdia, até o momento que estes princípios se tornem automáticos. Isto é o habitar no lugar secreto do Altíssimo, vivendo, movendo, e tendo o nosso ser continuamente na consciência de Deus, não apenas enquanto lemos um livro ou ouvimos uma palestra. Apesar das exigências que o mundo faz sobre nós, devemos fazer pausas frequentes durante o dia e a noite na Presença. Esta necessidade não interfere com nossas atividades diária, e não significa que devemos parar com o que estamos fazendo.

Nós podemos estar cozinhando ou movendo um cortador de grama e todo o tempo mantendo nossa consciência aberta para Deus, recordando que: “Minha graça é suficiente para ti”; pode ser na rua, nas lojas, ou dirigindo nosso carro, sempre recordando: O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, e este Espírito é paz e alegria para mim e para todos aqueles que vêm dentro de minha consciência (meditações espontâneas de Joel Goldsmith para servir de exemplo do livre fluxo do Espírito). É importante não deixarmos nenhuma hora do dia sem alguma lembrança consciente dentro de nós que o objetivo da vida é alcançar aquela mente a qual também estava em Cristo Jesus. O objetivo da vida espiritual é alcançar a Consciência de Deus – viver e mover e ter o nosso ser na percepção consciente da Presença de Deus.

Claramente compreendida, toda esta sabedoria espiritual, é composta de duas partes: primeiro, conhecer a verdade, e segundo, ter aquela mente a qual também estava em Cristo Jesus. Pegue estes princípios os quais você encontrará mencionado neste livro e viva com eles. Tome-os um por um. Carregue um deles com você diariamente por uma semana ou um mês. Então tome outro e viva com ele, usando-o com medida com a qual medir cada experiência.

É possível para alguém mudar a tendência de sua vida, não por ouvir dizer ou ler sobre a verdade, mas por tornar esta atividade parte de sua consciência na experiência diária, até que isto de torne um hábito a todo o momento do dia, em vez de um pensamento ocasional. Deixe estes princípios operar na consciência de manhã, a tarde e a noite, até que gradualmente a percepção vem. Então nós fazemos a transição de seres “ouvintes” da Palavra para seres “fazedores” da Palavra. Então nós habitaremos na Palavra e frutificaremos ricamente.

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